Atendendo a pedidos estou colocando os vídeos passados na aula.
segunda parte
e esta é nova, sobre o congresso de viena
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Viva a América Latina
entao é isso. ta ai gente. é só clicar aqui. qualquer problema, deixem comentários e tentarei resolver.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
REVOLUÇÃO JÁ!
Revolução Industrial e Independência do Brasil. O que um assunto tem haver com o outro? Além de fazerem parte do programa da próxima prova de história, há uma relação indireta, já que a Inglaterra (berço da rev. industrial) esteve presente no processo de independencia do Brasil. Portugal e Inglaterra eram parceiros comerciais, parceria esta que se estendeu à América Portuguesa (mais tarde conhecida como Brasil) que abriu suas porteiras para o comércio inglês. É a globalização, minha gente, o cara sai da Inglaterra pra nos empurrar seus produtos por aqui. Muita gente vivia de biscate ,que neste caso não deve ser o que vc esta pensando e sim o trabalho realizado pelo mascate (quer saber o que é mascate? procura no dicionário). O duro é que até hoje o que vem de fora é considerado melhor.
Bom, talvez os caras tenham mais tecnologia e coisa e tal, mas temos que valorizar o produto nacional legítimo: fora com os yankees que vem até aqui para nos explorar. Não aceitemos estes fordismos e toyotismos que nos são impostos.
Criemos uma sociedade alternativa, não para fazermos o que der na telha (como queriam o Raul e o Paulo), mas para vivermos como seres humanos legítimos, desses que não se fabrica mais.
Vamos valorizar as coisas novas, que também são boas, mas vamos respeitar e promover nossa cultura, nosso jeito de ser. Diga não ao capitalismo, procure consumir de forma responsável, vamos mudar o mundo (mas se você mudar, já é o bastante). Seja crítico, não aceite tudo de cabeça baixa, questione. Mas não se esqueça de estudar para a prova. Estude a revolução industrial e o processo de independência do Brasil, talvez não salve sua vida, mas não vai arrancar pedaço.
Bom, talvez os caras tenham mais tecnologia e coisa e tal, mas temos que valorizar o produto nacional legítimo: fora com os yankees que vem até aqui para nos explorar. Não aceitemos estes fordismos e toyotismos que nos são impostos.
Criemos uma sociedade alternativa, não para fazermos o que der na telha (como queriam o Raul e o Paulo), mas para vivermos como seres humanos legítimos, desses que não se fabrica mais.
Vamos valorizar as coisas novas, que também são boas, mas vamos respeitar e promover nossa cultura, nosso jeito de ser. Diga não ao capitalismo, procure consumir de forma responsável, vamos mudar o mundo (mas se você mudar, já é o bastante). Seja crítico, não aceite tudo de cabeça baixa, questione. Mas não se esqueça de estudar para a prova. Estude a revolução industrial e o processo de independência do Brasil, talvez não salve sua vida, mas não vai arrancar pedaço.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
Eu, etiqueta
Para se pensar um pouco sobre como ser um bom consumidor:
Eu, etiqueta
Carlos Drummond de Andrade
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio intinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar a minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
da minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante, mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Eu, etiqueta
Carlos Drummond de Andrade
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio intinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar a minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
da minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante, mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
Como mudar o mundo

Caros alunos,
Lendo estes tantos trabalhos que vocês me escreveram fiquei um tanto quanto inquieto. Quando questionados sobre serem bons consumidores, 53,2% responderam que se consideravam maus consumidores. Uma diferença bem pequena dos que se consideravam bons consumidores. No entanto, os argumentos usados para dizer-se bom ou ruim eram os mesmos. Não me entendam mau, não é uma crítica pela crítica. Só quero que pensem a respeito, afinal a pergunta ficou no ar: não sabemos se somos ou não bons consumidores.
Mas a pergunta deveria ser: como podemos ser bons consumidores? Diz um velho proverbio muçulmano que quando salvamos um homem, salvamos toda a humanidade e tem um outro alguma coisa que fala que a mudança tem que começar em nós, depois a gente ia para o mundo (acho que é isso).
Então é neste momento que lhes faço uma proposta: descubram o que precisamos fazer para sermos bons consumidores, pesquisem naqueles momentos em que vocês estiverem mais perdidos, sem o que fazer. Pensem como vocês podem fazer a diferença e vamos discutir uma revolução. E se a idéia agradar muito a vocês, sintam-se livres para descobrir o que ja foi feito ou esta sendo feito para melhorar.
Peguem livros, leiam sobre as revoluções, não qualquer uma, mas uma que agrade. Leia algo que tenha algo a ver com você. Descubra sobre a independência do seu continente, conheça os Bolívars, Nerudas, Borges, Ches, Evitas, Zapatas, Villas, Pinochets, as Khalos.
Eu poderia até fazer valer pontos, mas gostaria que fosse feito pelo desafio de se pensar diferente. A nota, me parece as vezes, uma paga por serviços prestados. Não é isso que quero, afinal, se quero que vocês descubram-se como futuros bons consumidores, não posso participar de mais este jogo capitalista e pagar com uma nota o esforço de alguém.
ah, ja ia me esquecendo: boas férias, descansem bastante. Qualquer coisa podem entrar em contato comigo pelo julianopereira51@gmail.com e visitem o site www.malvados.com.br se tiverem gostado da tirinha.
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